sábado, 11 de junho de 2011

O RIO DOURO

Nascido nas arribas castelhanas,
Pelas serras de Urbion, altas montanhas,
Lendárias maravilhas das Espanhas,
Edénicas, sublimes, soberanas...


Para alcançar as terras trasmontanas,
Que às terras de Castela são estranhas,
Corre veloz, usando de mil manhas,
A fim de as separar, sendo hermanas.


O rio, todavia, alturas tantas,
Vencidos precipícios e gargantas,
Flecte à direita e entra em Portugal.


Desvendados mistérios e segredos,
Entre colinas, prenhes de vinhedos,
Desagua, sereno, em Portus Cale.


Cláudio Carneiro

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